Não há como você só levar em consideração a sua formação para se intitular como CONFEITEIRA!. Você precisa antes de tudo se SENTIR parte da confeitaria, sabe?! Senão a “PROFISSÃO CONFEITEIRA” perde todo o sentido, se torna algo muito mecânico.
Comigo aconteceu assim, essa sensação de pertencimento com os doces e a cozinha sempre me acompanhou. Desde criança e ainda que eu tenha lutado para que não a sentisse, entender de onde essa paixão pela confeitaria veio e como ela nos dias de hoje passou a fazer sentido na minha vida, foi de fundamental importância para que eu pudesse entender, aceitar e visualizar a confeitaria como uma profissão… Como a MINHA PROFISSÃO!
A confeitaria me foi apresentada de um novo ângulo após a perda do meu primeiro filho. Eu enxerguei através da dor que a vida era curta demais para gente não se dedicar ao que a gente ama e ficou nítido pra mim que ela seria o meu caminho.
Comecei a atuar de forma profissional na confeitaria há cerca de três anos. Com a cara e com a coragem, abri uma página no Instagram e comecei a vender bolos de pote. Eu já tinha em mente fazer bolos festivos, mas não tinha ainda nenhum curso que me desse base para explorar melhor esse caminho.
Depois de um curso de confeitaria básica no SENAC, busquei um curso técnico em confeitaria clássica porque já visava em um futuro não tão distante, dar aulas. Busquei diversos cursos focado nos bolos e com os melhores profissionais que poderia ter dentro dos diversos assuntos ligados aos bolos e a confeitaria em geral. Massas, recheios, estruturação, coberturas e mesmo conhecendo um mundo de possibilidades, me descobri mesmo no chantininho. Decidi fazer dele o meu “carro chefe”.
Em 2020, já tendo bastante encomendas e conciliando a confeitaria com meu emprego formal, senti que precisa de mais. Resolvi traçar metas mais bem definidas dentro da Minha Eterna Doceria e assim resolvi fazer duas pós-graduações que agregariam ainda mais o trabalho. Foi quando me pós-graduei em Confeitaria & Panificação e em Ciência dos Alimentos, eu quis entender como as receitas funcionavam por dentro.
Com a chegada da pandemia, e passado o susto inicial do que aconteceria com os pequenos empreendedores, o meu trabalho aumentou consideravelmente. Passei a investir mais tempo no meu negócio e me comprometi verdadeiramente com ele. Busquei formas de otimizar o meu trabalho, o meu espaço na cozinha de casa, os dois empregos já visando e planejando a mudança de carreira como algo próximo.
Eu escolhi viver na confeitaria! Hoje, ter a oportunidade de ser reconhecida como CONFEITEIRA, faz meu coração se encher de orgulho! Não foi uma decisão tranquila, não tem sido um caminho fácil, mas o amor pelo que eu faço me acompanha diariamente. Eu só posso dizer que sinto cada dia mais a certeza e o arrepio na alma, de que ESTE É O MEU LUGAR! E mesmo já tendo tido muito medo de não conseguir chegar onde eu queria com a PROFISSÃO CONFEITEIRA, hoje eu paro, respiro e lembro: estudo, foco e tempo. Eles me trouxeram até aqui e sei que levarão muito mais adiante.
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